O tempo hoje é feito de aço
forjado a fogo-ferro-fundido
Lágrimas de lamas e lavas - fuligens
Os olhos da noite repousam na esfinge
A sentença – equação dos destinos
Enquanto os colibris beijam flores de plástico
Os sonhos partiram nos refrões, solos das últimas canções
Os mares se foram e com eles seus cais e seus faróis.
E os homens perdidos, em silente ruído: Rogai por nós.
A um céu ausente, de deuses dormentes, em antigos esconderijos
E sete vezes por sete luas sete vozes cavalgaram o tempo a sós
e os homens perdidos, rasgam-se em gritos: Rogai por nós.
A um céu artificial, dormente, de deuses ausentes - flácidos!
E os colibris ainda beijam as flores de plástico.
Tonho França
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