quarta-feira, 6 de março de 2013

Ossos quentes de verão



Um pesadelo ruim a cada dia
não consigo dormir
a ausência em uma ressaca
sempre tão constante
ninguém olha quando questiona
falência do tempo num minuto

queria os nossos nós
nosso suor e cansaço
bocas cheias
do meu e do seu
tardes quentes me enterram

Eu arranco os olhos
ponho de molho em lembranças
Tenho um abismo e mesmo assim não caio
por não querer ou não ser capaz?
esbarro a cidade grande no reflexo anterior
deixei um mar no concreto

É pela manhã o café tem açúcar
amargo do cotidiano parece um teatro
desformo a perspectiva sobre essa história
principal é sentir segurança quando não se tem
Riram do cinza dos meus ossos
nenhum aperto senti contra eles e pôs se o sol

envolto...

Redson Vitorino

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