Que nível de pureza e sabedoria devemos atingir para
aniquilar o embalsamento da alma?
Mantê-la divina e imortal sem carregar o peso tirânico da
efemeridade, livre dos erros da ignorância, dos receios e das paixões do corpo.
O quê devemos escolher, até onde podemos ir para encontrar
um equilíbrio entre o visível e o invisível, para que não haja um dominador e
um escravo?
Parece-me certo privilegiar o simples, o indissolúvel, o
imutável; e refrear os prazeres de sensível que se dissolve, se desfaz, do que
se corrompe em cadáver.
Devo afastar-me de todo e qualquer vício, de tudo que
embriaga a alma fazendo crer que nada existe além de físico, do que se pode ver
ou tocar.
Uma alma assim mescla-se ao corpóreo e se afasta do obscuro
e divino, e o corpo será um invólucro pesado que a carregará ao mundo
terrestre, perdendo a liberdade e a pureza que lhe é natural e íntima, seguindo
caminhos ilusórios que são percebidos pelos olhos, ouvidos e outros sentidos.
Da voluptuosidade dos prazeres e tristezas, dos desejos e
medos, vem as enfermidades e misérias.
E cada satisfação e tristeza fixa a alma ao corpo e a torna
material, fazendo-a crer na ignorância e na escravidão do vício.
Devo manter as paixões em perfeito equilíbrio e ter a razão
como guia. Manter o divino e o imutável para me libertar dos males que
atormentam a natureza humana.
Assim não serei dissolvida por crenças vulgares, nem
corrompida pela mediocridade de pensamentos destituídos de valores, de solidez,
que se preocupam em impor a própria opinião ao invés de aprender.
É necessário convencer a mim, e não aos outros!
Deisi Perin
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