quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ESFERA



Na rua,
recorrentes rosas
socorreram a ruína de uma esfera em lua cheia...

Ela vinha cansada,
só correndo como ex-fera sem dentes,
machucando as preciosas pedras.

Vinha esfericamente rápida, suando humores floridos no asfalto;
suave e ávida, percorreu o ar quente, duro e úmido da serra.

Surrou , furou, feriu-se.
A esfera com o calor alto se esvaiu;
amolecida com o ópio da queda do céu
na sua própria aventura amanhecida,
ela sorrindo ruiu...

virou pedras
quadradas
no asfalto das pétalas...
Você me dá e eu retribuo


Julio U Almada

Um comentário:

Julio Almada disse...

ae dos curitibanos, aqui é o Julio Urrutiaga Almada. aonde foi achado esse poema? eu não escrevi isso. pode ser postado mas não junto com os meus. alguém que quer se intitular Julio U Almada deve ter postado, só me diz aonde