quarta-feira, 11 de julho de 2007

Metapoema

Se meu verso não tem jeito
de soneto ou de epopéia
se não é perfeito
com certeza tem um rito
não causa cefaléia
ou faniquito
é o encontro sublime
da fé e da quimera
Se a rima é disforme
o que não é nenhum crime
e não tem batalhas de outra era
com certeza é ditoso
traz a letra do corpo
sem ser incestuoso
Em cada fonema
o canto do melro
o vôo da borboleta indefesa
-a essência do ecossistema-
Transcende com certeza
a consciência do leitor mais austero
18.06.07
Andréa Motta

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