quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Lendas do Cavalo Babão de Curitiba



 
Em Curitiba há uma fonte de uma estátua com a forma de um cavalo babão. Este local tem muitas Lendas Urbanas, que leremos abaixo:
 
O Cavalo Babão do Eclipse:
 
No século dezenove, num sítio próximo a cidade Curitiba, existia um fazendeiro que gostava de criar cavalos. Uma certa noite, sua égua mais bonita, que atendia pelo nome de Lua entrou em trabalho de parto. Porém, o homem disse:
- A Lua não pode ter este filhote hoje, pois é noite de eclipse e segundo a lenda todo o potro que nasce, quando ocorre um eclipse no céu, fica babão para o resto da vida.
Mas, apesar da preocupação do fazendeiro, a eqüina teve seu potro naquela mesma noite. Assim, como reza a profecia, o bicho já nasceu babando.
O tempo passou e o cavalo continuou babando. Os filhos do fazendeiro gostavam de maltratar este animal e, sempre quando entravam no estábulo, diziam:
- Vamos jogar pedra no cavalo babão!           
O dono do sítio, cansado de ver o animal ser maltratado, mandou seus empregados venderem o pobre bicho no mercado de trocas, que ficava no Largo da Ordem. Porém, apesar de muitas tentativas, ninguém queria trocar ou comprar aquele animal. Pois, os comentários das pessoas, quando viam o pobre, eram estes:
- Que nojo, um cavalo babão!
- Aquele potro que está babando deve estar louco!
Os empregados relataram os fatos para seu patrão, que mandou estes moços darem o cavalo de presente para a primeira pessoa que se encantasse com ele.
Um certo dia, estes homens estavam expondo o diferente eqüino junto com outros produtos no mercado de trocas no Largo da Ordem, quando, de repente um menino de rua parou em frente ao cavalo e comentou:
- Poxa, eu queria tanta um bicho de estimação, mesmo que fosse um cavalo babão.
Ao escutar isto, um dos moços indagou ao garoto:
- Você quer este cavalo?
O moleque respondeu:
- Eu quero, mas não tenho dinheiro para comprar.
O homem exclamou:
- Como você gostou deste animal, tome de presente para você!
O garoto ficou encantado, montou no bicho, que foi para um bosque deserto. No meio da caminhada, o animal parou e apontou com uma das patas para um local. O menino estranhou e indagou:
- Por que parou, amigo?
Assim o cavalo relinchou.
O moleque perguntou de novo:
- Será que existe algo enterrado, aí?
O cavalo disse sim com a cabeça.
Deste jeito o rapazinho pegou uma enxada, cavou o local e achou um túnel. Desta maneira, este adolescente entrou dentro dele e achou um baú no meio do labirinto. Então, ele abriu o objeto e notou que havia ouro e jóias dentro dele.
Com o dinheiro, o garoto comprou um pequeno sítio e tentou construir um monumento na cidade em homenagem ao seu melhor amigo, o cavalo Babão. O problema é que sua idéia não foi aceita pelos poderosos, mas mesmo assim ele exclamou:
- Ainda haverá uma estátua de um cavalo babão no centro desta cidade, nem que seja daqui a cem anos!
Desta maneira, o jovem e o eqüino se tornaram grandes amigos. O passatempo preferido do cavalo babão era passear no Largo da Ordem.
O tempo passou e o cavalo adoeceu. Desta forma, seu dono disse a ele:
- Por favor, não morra...
- Bem, mas se você falecer, eu enterrarei o seu corpo no lugar que você mais gosta: o Largo da Ordem.
Após escutar estas palavras, o bicho morreu. Assim, quando os sinos soaram meia-noite, o dono do eqüino morto, enterrou este animal no local prometido. Coincidentemente, no século vinte, em meados dos anos noventa foi inaugurada a fonte de um cavalo babão bem no local onde o bicho desta Lenda Urbana foi enterrado no século dezenove.
 
A Égua de Brandina:
 
Nos anos noventa, havia uma linda catadora de papel chamada Brandina. Ela tinha cabelos compridos e olhos verdes muito puxados. Vários homens tentavam conquistá-la, mas ela não dava bola. Um certo dia, esta moça ganhou uma égua junto com uma carroça de um de seus admiradores. Este presente foi muito útil, pois facilitou o seu trabalho de catadora de papel. Numa noite de Lua cheia, a sua égua avistou um cavalo perto da estátua do cavalo babão. Por coincidência, o animal também babava. Então, a potranca se apaixonou pelo misterioso animal. Com o passar do tempo, Brandina notou que o cavalo só aparecia nas noites de Lua Cheia no Largo da Ordem e ninguém tinha noção de quem era o dono do bicho. Numa madrugada, também de Lua Cheia, Brandina resolveu dormir, debaixo de uma árvore no Largo da Ordem, enquanto sua égua paquerava o cavalo. De repente, a catadora abriu os olhos, notou que o Sol estava nascendo e olhou em direção à estatua do cavalo Babão. De repente, a mulher viu o namorado de sua égua entrando nas águas, debaixo daquela fonte e sua imagem foi desaparecendo aos poucos. Então, surgiu a Lenda Urbana de que o espírito do verdadeiro cavalo babão, sai de sua sepultura, nas noites de Lua Cheia para passear no Largo da Ordem.
 
A Baba Milagrosa
 
Num dia de Sol passei perto da praça onde há a fonte com o monumento do cavalo babão, quando vi uma idosa pegando água daquele chafariz. Logo, perguntei-lhe:
- A senhora está pegando esta água porque ela é pura da fonte?
Então, a velhinha respondeu:                   
- Não sei esta água é pura, mas ela é milagrosa. Pois, dizem que no século dezenove havia um cavalo babão por esta região. Um certo dia, uma criança machucou o braço e não parava de sangrar. Então, o eqüino se aproximou dela, a baba caiu no seu ferimento e a pequena sarou. Reza a lenda que construíram este monumento bem aonde o cavalo mágico foi enterrado e por isto a água desta fonte faz milagre.
 
Luciana do Rocio Mallon
 
 

INCÊNDIO


 

De hora em hora quero estar por perto
e é quase certo que te adoro tanto...
quando te espero sempre desespero
e te procuro pelos quatro cantos.

Quando contigo sempre me contento
e, que me lembre, rio todo o tempo!!!
Mas se me somes,chama que me chama,
clamo que assomes pelos quatro ventos...


Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
*

Telefone Público




Eu sou um telefone público...
Num choro nada lúdico!
Um dia, fui um aparelho importante...
Unindo pessoas de um lugar distante...

Mas, hoje me sinto desprezado...
Porque fui deixado de lado!
Parece que todos só utilizam celular...
Em qualquer minuto e em todo lugar!

Usam celular até numa hora de escândalos...
E eu fico só, sendo vítima de vândalos!
Enquanto fico abandonado ao léu...
Transformam-me em anúncio de motel!

Colocam propagandas de bordel...
Dentro de mim e ao meu redor...
Vejam que destino tão cruel...
E não poderia ser pior!

Perdi minha melhor amiga,
Que era a ficha de metal...
Entre nós não havia briga...
Só um amor puro e natural!

Agora, estou só ao relento...
Pois fui substituído pelo celular...
Apenas recebo o carinho do vento...
Numa noite mágica de luar.
Luciana do Rocio Mallon




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

poética 24




palavra escrita
me interessa
quando dita
de dentro para fora
nunca de fora para dentro
procuro a porta de entrada
do teu centro
e o que trazes do mar
quando me molha

artur gomes
onde está o poema
http://www.youtube.com/watch?v=ZB4mYklwU0Q&feature=plcp