domingo, 25 de novembro de 2012


sabes da minha janela quebrada
nos fundos dos meus planos curtos rotos
da pérola aleijada ainda no escuro que não posso
que queimo sândalo que não durmo quase sabes
da tuberculose dos asfaltos que piso que conheço
o que são os muros com petúnias
da esfera viciada dos meus olhos de gude âmbar
cristalizado que te guarda porque na espera sabe.

Natália Nunes

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