segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Tártaro

Pobres poemas meus!
Mal nascem,eu,pequeno deus,
Os condeno a gaveta escura.
Também Urano sem brandura,
Aprisionava seus filhos titãs
Privando-os da luz da manhã,
numa gruta sob a Terra,
temeroso de que lhe fizessem guerra.
Uma esperança infantil
De que entre as odes mil
Uma conquiste o povo me embala,
e os homens todos venham a amá-la.
E a canção,como Zeus tonante,
Lance o poeta delirante
num esquecimento bàrbaro;
o exile eternamente no Tártaro.
Navide
Oficina Literária Alto da Glória-Gk-2006