domingo, 17 de maio de 2009

Olhai os lírios do Campo

Olhai os Lírios do Campo
Não tecem, nem fiam, mas não há
Nada mais majestoso que eles...

Nem Reis, nem eu, nem tu
Nos igualamos à sua beleza.
Olhai, admirai, confirmai;
Não há ninguém, nenhum.

Olhai para mim, os olhos o dizem,
Olho para ti; estão calados os teus olhos.
Teus Lírios parecem murchar.

Nem o céu, nem o mar em toda a sua imensidão,
Conseguiriam dizer o que carrego dentro de mim.
Está no mais profundo eu.
Mas meus olhos conseguem dizê-lo.

Nem o Amor, nem a dor, nem eu,
Conseguiria dizer o que existe
Dentro de ti...
Abra os olhos, fale, grite, não se cale!!!

Teus Lírios estão morrendo
Eu tenho água comigo,
Tenho o azeite para a lâmpada
Olha para mim...

Olhei os Lírios do Campo
Teceram dentro de mim
A majestade da percepção.
Abra os olhos, os meus já
Estão abertos...
Fale, exale...

Huliana Ribeiro dos Santos

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