segunda-feira, 15 de junho de 2009

Russalki-Chuva Ácida

o suspiro da chuva
angustia a manhã.
O sol não se percebe só
sabe da presença pura
e ácida lágrima
amarga da fábrica
sangue translucido da natura.
O pranto seco das mães estéreis
sonham filhos de almas recusadas
acefalia falando aos espíritos
todas as ausências de todas as cores
do sol negro da fábrica a germinar
pastagens de espumas em lagos sulfurosos
em cada fio de fumaça um fantasma
como aquela criança pálida coberta de pústulas
que brinca em sua margem.
O amanhã.
Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: