segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Deuses
Ser ou não ser o sacrifício simbólico do corpo.
Retomar o sentido de algo anterior ao mundo eterno.
Relembrar que todos somos partes do mesmo ser
O dia é pouco para celebrar tantos costumes.
Temos maneiras de proteger o ego
que desafiam a compreensão deles
então nos matamos de idolatrar a nós mesmos
em cunhados de alquimia interior.
O sabor do alimento é o paladar de quem o prescreve
Na neve esteve o dissabor dos dias
para quem procurou por um amigo
e encontrou apenas labirintos de livrarias.
Os deuses eram os momentos sublimes para mim
sempre estive só e então me tornei parte do ser
eternidade é pouco para quem perde a razão
que se dissolve num mar de ilusão e pavor.
Tornar-se parte do ser agora é método para nós.
Então sejamos todos deuses por ora,
ao menos a literatura permite.
Anderson Carlos Maciel
Retomar o sentido de algo anterior ao mundo eterno.
Relembrar que todos somos partes do mesmo ser
O dia é pouco para celebrar tantos costumes.
Temos maneiras de proteger o ego
que desafiam a compreensão deles
então nos matamos de idolatrar a nós mesmos
em cunhados de alquimia interior.
O sabor do alimento é o paladar de quem o prescreve
Na neve esteve o dissabor dos dias
para quem procurou por um amigo
e encontrou apenas labirintos de livrarias.
Os deuses eram os momentos sublimes para mim
sempre estive só e então me tornei parte do ser
eternidade é pouco para quem perde a razão
que se dissolve num mar de ilusão e pavor.
Tornar-se parte do ser agora é método para nós.
Então sejamos todos deuses por ora,
ao menos a literatura permite.
Anderson Carlos Maciel
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Reflexão
Há certas almas
como as borboletas,
cuja fragilidade de asas
não resiste ao mais leve contato,
que deixam ficar pedaços
pelos dedos que as tocam.
Em seu vôo de ideal,
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detem- nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra vez.
Ela, porém, não voam como dantes,
ficam vazias de si mesmas,
cheias de desalento...
Almas e borboletas,
não fosse a tentação das cousas rasas;
- o amor de néctar,
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto,
admirando de longe!...
Gilka Machado
(in Sublimação, 1928)
Há certas almas
como as borboletas,
cuja fragilidade de asas
não resiste ao mais leve contato,
que deixam ficar pedaços
pelos dedos que as tocam.
Em seu vôo de ideal,
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detem- nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra vez.
Ela, porém, não voam como dantes,
ficam vazias de si mesmas,
cheias de desalento...
Almas e borboletas,
não fosse a tentação das cousas rasas;
- o amor de néctar,
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto,
admirando de longe!...
Gilka Machado
(in Sublimação, 1928)
Tanatologia das relações humanas
Para melhor compor
o puzzle
das fantasias
nostálgicas
acerca do futuro,
horas em dedicado
estudo
ao feixe solar
que incide sobre a colcha
ou ao intervalo
entre fusas e semibreves
no minueto
calha sob chuva.
farta
de sua máscara hipócrita,
aguarda
o habeas corpus
que a liberte do mundo real;
[hypnos sussurra
em seus ouvidos
enquanto felinos
festejam a sua volta]
o mundo
ao seu redor
sempre lhe pareceu
um tanto
fora de órbita.
Ricardo Pozzo
Fonte:Pó&Teias
o puzzle
das fantasias
nostálgicas
acerca do futuro,
horas em dedicado
estudo
ao feixe solar
que incide sobre a colcha
ou ao intervalo
entre fusas e semibreves
no minueto
calha sob chuva.
farta
de sua máscara hipócrita,
aguarda
o habeas corpus
que a liberte do mundo real;
[hypnos sussurra
em seus ouvidos
enquanto felinos
festejam a sua volta]
o mundo
ao seu redor
sempre lhe pareceu
um tanto
fora de órbita.
Ricardo Pozzo
Fonte:Pó&Teias
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Ainda meu coração
De que me importa um carinho agora,
se é teu carinho que me faz falta...
De que adianta dar um sorriso
se seus olhos não vão admirá-lo...
Não sinto mais meu coração bater,
apenas um frio intenso, uma gelura,
pois o que o mantinha quente era o que eu
sentia por ti. E após muito tempo te reencontro.
É um pássaro que já voa sózinho,
que resolveu mudar de ninho.
Você venceu...tudo acabou.
Eu desisto...de tudo
do nosso amor...de ti,
de nós, da vida.
Carlos Eduardo Giust
se é teu carinho que me faz falta...
De que adianta dar um sorriso
se seus olhos não vão admirá-lo...
Não sinto mais meu coração bater,
apenas um frio intenso, uma gelura,
pois o que o mantinha quente era o que eu
sentia por ti. E após muito tempo te reencontro.
É um pássaro que já voa sózinho,
que resolveu mudar de ninho.
Você venceu...tudo acabou.
Eu desisto...de tudo
do nosso amor...de ti,
de nós, da vida.
Carlos Eduardo Giust
Colombe-se
Colombo ! Comoção da minha vida...
meus temores são Valetas cheirando a Podridão...
Migrante!?trajes de Caipira...grandeza e Pobreza...
asfalto e Poeira...igreja e no Bar serveja...
Sem água, mas com muita Inundação...
Arrogância, Escândalos e Mentiras.Tudo é ilusão
a Violência grita...nesse Rincão do paraná...
colombo ! ilusão das nossas vidas
A cidade que poderia ter sido e que Não foi.
Rodrigues Veiga
meus temores são Valetas cheirando a Podridão...
Migrante!?trajes de Caipira...grandeza e Pobreza...
asfalto e Poeira...igreja e no Bar serveja...
Sem água, mas com muita Inundação...
Arrogância, Escândalos e Mentiras.Tudo é ilusão
a Violência grita...nesse Rincão do paraná...
colombo ! ilusão das nossas vidas
A cidade que poderia ter sido e que Não foi.
Rodrigues Veiga
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
O que quer calar em mim esse frio
esse bater de dentes cerrados
que me tira um pouco a pouco
de mim o desejo de encontar-me
a água desengonça o sentido do prumo
quando muito a bússola gira rumo a tudo
o mundo o olho embotado busca a fundo
o arco do corpo a anca o beijo
o pêndulo do tempo que esgota o nexo
no sexo da cabeça já alheia e surda
o que quer falar em mim o calor do magma
que me prende pedra e me circunda lava.
William Teca
esse bater de dentes cerrados
que me tira um pouco a pouco
de mim o desejo de encontar-me
a água desengonça o sentido do prumo
quando muito a bússola gira rumo a tudo
o mundo o olho embotado busca a fundo
o arco do corpo a anca o beijo
o pêndulo do tempo que esgota o nexo
no sexo da cabeça já alheia e surda
o que quer falar em mim o calor do magma
que me prende pedra e me circunda lava.
William Teca
A Rosa Negra
Sob o manto ardente do crepúsculo,
sedento de estrelas me desperto e
com a noite assim tão perto
me componho,
confuso e infinito como um sonho
ainda te sonhando encontrar
etérea,
nos braços do vento ou
caída,
na mesa de um bar.
Paulo Gatti
sedento de estrelas me desperto e
com a noite assim tão perto
me componho,
confuso e infinito como um sonho
ainda te sonhando encontrar
etérea,
nos braços do vento ou
caída,
na mesa de um bar.
Paulo Gatti
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
o mar de Maria
Maria que ria
certo dia
mergulhou no mar
mas o mar não existia
era só ela quem via
e de lá nos trazia
histórias de monstros,
bruxas e vilões.
Maria ,que ria ,
nunca mais riu.
Seu olho assustou !
E ficou da cor do fundo,
Do fundo do mar.
Já não era a Maria ...
que ria, ria , ria!
Chamávamos seu nome
Mas só o eco respondia:
Maria ia ia ia ia ia
Maria foi,
Carregada de olhada de mar,
Para algum lugar...
Mas a gente espera, Maria,
Na areia da tua praia fictícia,
Que volte um dia...e...
Ria, ria, ria.
Nanci Kirinus
certo dia
mergulhou no mar
mas o mar não existia
era só ela quem via
e de lá nos trazia
histórias de monstros,
bruxas e vilões.
Maria ,que ria ,
nunca mais riu.
Seu olho assustou !
E ficou da cor do fundo,
Do fundo do mar.
Já não era a Maria ...
que ria, ria , ria!
Chamávamos seu nome
Mas só o eco respondia:
Maria ia ia ia ia ia
Maria foi,
Carregada de olhada de mar,
Para algum lugar...
Mas a gente espera, Maria,
Na areia da tua praia fictícia,
Que volte um dia...e...
Ria, ria, ria.
Nanci Kirinus
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Psiquiatra
Dentro de cada um de nós a certeza
da realeza e da pobreza
safadeza
presa fácil da sala de estar.
Temos muito por fazer,
mas ainda tenho tempo pra pensar.
Comigo duas horas e dois deuses.
Apolo e Atena ditam a sabedoria.
A loucura toma os poetas como
a força da psicologia não aconselha
desinibir a consciência
de suas partipações na vigília
nossa de cada dia.
Hoje
pretendo mais que um sorriso
quero ter a certeza do sizo
Amanhã sonho com a liberdade
que está dentro de mim,
aqui nos deuses e na Ìndia,
ainda devastada de toda astrologia
pela ciência.
Queríamos ser intelectuais
então inventamos a proza,
rima sózia serena de Helena
de Tróia.
Heitor foi esquartejado e de seus despojos,
os olhos
dos mortais.
Anderson Carlos Maciel
da realeza e da pobreza
safadeza
presa fácil da sala de estar.
Temos muito por fazer,
mas ainda tenho tempo pra pensar.
Comigo duas horas e dois deuses.
Apolo e Atena ditam a sabedoria.
A loucura toma os poetas como
a força da psicologia não aconselha
desinibir a consciência
de suas partipações na vigília
nossa de cada dia.
Hoje
pretendo mais que um sorriso
quero ter a certeza do sizo
Amanhã sonho com a liberdade
que está dentro de mim,
aqui nos deuses e na Ìndia,
ainda devastada de toda astrologia
pela ciência.
Queríamos ser intelectuais
então inventamos a proza,
rima sózia serena de Helena
de Tróia.
Heitor foi esquartejado e de seus despojos,
os olhos
dos mortais.
Anderson Carlos Maciel
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Deus
Ontem Deus veio falar comigo.
Fora dos seus propósitos e, dos meus, uma tal Joaninha pousou em meu braço.
Mário Auvim.
http://www.nenecopasaúna.wordpress.com/
Fora dos seus propósitos e, dos meus, uma tal Joaninha pousou em meu braço.
Mário Auvim.
http://www.nenecopasaúna.wordpress.com/
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
“Dentro da minha flor me escondo”
Baile das harpias
Em árvores carbonizadas
Rindo do fim
Fumaça sangra
Nosso jardim
A alma do éden
Adoentada.
Bárbara Lia
poesia premiada no Prêmio UFES
Fonte: http://chaparaasborboletas.blogspot.com/
Em árvores carbonizadas
Rindo do fim
Fumaça sangra
Nosso jardim
A alma do éden
Adoentada.
Bárbara Lia
poesia premiada no Prêmio UFES
Fonte: http://chaparaasborboletas.blogspot.com/
sábado, 5 de fevereiro de 2011
A Voz-Cidade; a voz freqüente, vibrada entre um cochilar sonhador e o recuado despertar; avolumada em calcanhares e saltibancos mudos.A voz cidadina,ecoada do passante que se batizou poeta, quando a visão tirou mordaças; descobriu desenhos nos passos e da fuligem, o ar que ainda respira ditirambos
Túllio Stefano
Túllio Stefano
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
FLORES SÉSSEIS, VIDROS E ÁGUAS: CONSTELAÇÃO DE OSSOS
A BIOGRAFIA DA NOITE
"Constelação de ossos nadando em versos, cantando em prosa algum possível cansaço, digo ‘possível’ porque é notório que os raros escritores verdadeiros não se cansam, a exemplo dos filhos e filhas da mãe das artes – os músicos, sim, os músicos nunca se cansam, nada lhes pode coarctar o intento de entrarem na pauta do dia, na partitura da noite; o melhor, então, é cooptá-los, para com eles tecer nova senda (luminosa), novo tecido social, novos patamares psíquicos" Darlan Cunha
O poeta mineiro Darlan Cunha publicou a - leitura poética - do meu livro Constelação de Ossos. O meu temor ao publicar um livro denso era que ele soterrasse o leitor. Na leitura de alguns percebo que a tristeza transborda poesia e o enredo dramático ganha asas com a prosa poética. Aleluia! O texto do Darlan pode ser lido aqui
Constelação de Ossos está disponível em Curitiba na Livraria do Paço - Paço da Liberdade - Praça Generoso Marques e no site da Livraria Cultura.
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