quinta-feira, 24 de novembro de 2011

sábado, 19 de novembro de 2011

NELSON FREIRE Chopin Scherzo No.2 in B flat minor Op.31.wmv

Obsessivo

Voltas eternas gozando sozinho

Prozac me ajuda a soltar e reter

Sou vaca girando um grande moinho

Como saber o que vem de você?



Tantos pensamentos em labirinto

Sou ou não sou? Só sei de soslaio

Em Creta, em Tebas, sempre sentindo

A culpa de ter enforcado Laio.



Um dia declaro, em alto e bom som:

“Não vou ao seio potente voltar!”

Mas logo, baixinho, devo acrescentar

“Um Mestre me ajude, prometo ser bom!"



Felipe Spack

Fonte:  pó&teias
Não disse que iria partir

mas vou deixar duas palavras

na sacada

tentando não sentir.



O amor é difícil para

quem tem o coração de pedra

e quem herda

fama e valor é quem vence.



Somos tão ligados que as virtudes são dependentes

e temos todos inerentes causas a tratar

ceifar vidas tal qual a morte travestida em personalidade

e vaidade de não ser igual.



Naturalmente temos desculpas

e coisas acontecendo a todo momento

no vento as rixas e rivalidades às quais não prestamos atenção

sujam o manto do paraíso da contemplação



É melhor não aparecer

disfarçar-se em si mesmo

e seguir caminhos alternativos.

Estão todos de olho procurando falhas,

e isso é mal para os pobres diabos.

Em nome da estética não abdicamos

dos valores coloridos que temos na bagagem

carruagem de felicidade

na idade em que éramos

crianças e continuamos sendo

na loucura nossa de cada dia.



Sendo assim transmita o que aprendeu

deste filósofo.

A sabedoria é a felicidade

Ela é possível a corações fechados

na medida da razão.

O equilíbrio é necessário

neste mundo de bestas ferozes

ávidas por dinheiro e glória,

Então a felicidade está na realização

do desejo interior mais íntimo

que é aquele de paz interior e mental,

o grande mal a ausência

a ciência

e tal qual é.



Afinal.



Eu sinto saudade de tudo.

Anderson Carlos Maciel

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Toda coisa que vive é um relâmpago

Cacaso
"...miro hacia atrás y poco veo
 miro hacia delante y es la niebla
admito que estoy entre dos vacíos
con prudencia marco bien las huellas por donde regresaré
con mi nostalgia pondré atención porque el paisaje es mío
y yo quiero viajar con mi paisaje".

Mario Benedetti
Frente à platéia inevitável de automóveis,
o franzino malabarista realiza
des ofício;
bailarino opanijé.

Apenas o cão,
a cada intervalo, aplica-lhe
o emplastro de saliva,
anti profilaxia do ectima.

Em seu refúgio de alumínio e fibra
[de vidro] a madame suburbana
emociona-se, sem saber
o quanto deixa de
compreender frágeis fractais,
vertentes de inconfessáveis
planos.


Ricardo Pozzo