sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Frente à platéia inevitável de automóveis,
o franzino malabarista realiza
des ofício;
bailarino opanijé.

Apenas o cão,
a cada intervalo, aplica-lhe
o emplastro de saliva,
anti profilaxia do ectima.

Em seu refúgio de alumínio e fibra
[de vidro] a madame suburbana
emociona-se, sem saber
o quanto deixa de
compreender frágeis fractais,
vertentes de inconfessáveis
planos.


Ricardo Pozzo

Nenhum comentário: