Um poeta em seu reino dos céus
tem sempre esse inferno particular;
se cortando na sutileza dos véus
Olha no olho do que há para revelar
Vê claro o que claramente oculta
É o mais escondido dos tesouros.
logo o acusam de estar em surt
ao dançar com a alma dos touros.
Chega de promessas do paraíso
repleto de prazeres artificiais.
Escrevo uma dor ácida e aviso:
sou o menos morto dos mortais!
Vestido com a ousadia nua:
Como flor de lótus nos funerais.
Quero a tinta que a beleza sua
E deitar vivo,aonde a vida jaz.
Júlio Almada
Poemas Mal_Ditos.p68
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