Amo como quem não te conhece
E amar assim é sempre uma surpresa
Pois refazer-te a cada dia que amanhece
Não é nutrir uma monótona certeza
Contemplo-te como a um mistério
Ao desvendar novamente teus segredos
Ou dissecar tua natureza com critério
E descobrir em ti novos enredos
Amo-te como quem logo vai partir
Ou como viajante , que acaba de chegar.
Pois a mim serás sempre no porvir
Um novo estranho que haverei de amar.
Juliana Corrêa.
"Oficinas de Criação literária.FCC.2006.p13"
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