segunda-feira, 20 de abril de 2009

Versos Desfiados

Perdoe-me se te desfaço
Como quem puxa o fio
De tecido delicado

Quando teci tua imagem
Com a fibra do meu sonho
Pensei tê-la eternizado

Mas esse véu de insensatez
A encobrir meu discernimento
Precisa ser desmanchado

Na ânsia de sobreviver
Rasgo-me e destruo a arte
Do meu olhar apaixonado

Iriene Borges

(publicado originariamente no Bar do escritor )

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