quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SOU SOBREVIVENTE

Hoje..., é uma Quarta-feira..., chamada de cinzas.



Também, com tanto fogo que houve nesse carnaval, como o fogo das paixões desenfreadas; fogo da falta de respeito; fogo da falta de amor próprio; fogo da ignorância galopante; fogo da violência que se espraia, fogo dos jovens que se contaminam com a "Imbecilidade" dos adultos; fogo da injustiça por mais que para alguns haja um fo...go justo; fogo da justiça inexistente onde a injustiça sai vitoriosa; e principalmente o fogo da incompetência para com a vida; da incompetência para viver em sociedade; da incompetência para se apaixonar, seja lá pelo que for; da incompetência para se respeitar; da incompetência para buscar conhecimento, e quando esse é ofertado, tenha incompetência para aceitá-lo; da incompetência para ser amável com o próximo e semelhante e saber que em nenhum momento ele é inimigo; da incompetência para crescer, querendo continuar uma criança birrenta; irascível; teimosa; grotesca; grosseira; mau criada e mal criada; tantas outras incompetências que me permito nem mais dar prosseguimento a narrativas de procedimentos pequenos, mesquinhos e infelizes.

Olho-me no meu espelho que vejo quando os olhos fecho, e sinto que tenho também minhas incompetências, e uma delas, é a de teimar em querer consertar o que não me compete. Uma outra minha incompetência, é a de querer participar do que sei..., irremediavelmente prejudicial. Outra das minhas incompetências é de não querer entender que uma maçã boa, não melhora uma caixa de maçãs podres, mas..., a realidade é que o reverso é verdadeiro.

Contudo..., ainda tenho algumas competências:

- Uma delas, é a de sair desse mar de lama, para não escrever coisa pior, nem que seja boiando, apoiado sobre escombros do naufrágio de meus ideais,

- A bordo de uma canoa de integridade, que me dê alguma segurança relativa a navegação com certa dirigibilidade para que eu não me sinta à deriva,

- Dentro de um bote de moral; no qual o motor de popa me impulsione à frente, de maneira que mais rapidamente eu chegue onde pretendo.

Agora..., preciso somente e ao menos, saber, onde quero chegar, porque o convívio de tantos anos dentro de algo que eu já havia deixado para trás, embaralhou minha Bússola Contemporânea existencial, desregulou meu Sextante Milenar, borrou meus mapas de navegação e culminou com o fato de nublar meu céu pra que nem pelos astros eu possa me orientar.

Mas, minha firmeza moral mantém o timão reto e o leme obedece à direção que darei a minha vida.

Uma coisa eu sei. Mudei minha direção de navegabilidade. Novos oceanos me esperam.



Olinto Simões - 22/02/2012

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