quarta-feira, 16 de julho de 2014

Bêbado como um barco, o desconhecido da rua me chamou de "mademoiselle" e perguntou meu nome. Confusa, respondi imediatamente: Camerata. Depois, lembrei do "mademoiselle" e acrescentei: Camerata Antiqua. Pronto, respondi nome e sobrenome. O barco, digo o bêbado, ficou confuso. E antes que ele ficasse lúcido eu retomei meu rumo. Ainda o ouvi murmurar: Camerata Antiqua...
É possível ficar bêbada de palavras?
Por que inventei esse nome?
Coisas de Paris ou isso é arte? Ou talvez faço parte de regência desinventada? Será que meus amigos e família que entendem e vivem a música poderiam me explicar? Ou talvez os amigos magos das palavras ou mesmo os lúcidos amigos lacanianos...?
Glória Kirinus

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