Desposara a esperança, e agora viúva, lembrava o tempo da infância, brincando na chuva.
Sim; a mulher já se cansou e pede ajuda, mas não será o táxi que a salvará, quiçá a ambulância que não veio, ou a fragrância do cuidado alheio, mascarada por nossas intrépidas vilezas.
Descalça, com demônios fala. Sabe que não se dissolve sob água quem a cotidiana aridez humana faz reter tanta mágoa.
Perdera de vez, sob a intransigente rudez, sua inexprimível doçura.
Ricardo Pozzo
Nenhum comentário:
Postar um comentário