terça-feira, 27 de dezembro de 2011

UMA ELEGIA À METAFÍSICA... Do “QUASE” e do “SE”


UMA ELEGIA À METAFÍSICA...
Do “QUASE” e do “SE”,

o mundo de todos está muito cheio,
repleto de representações do nada,
nas telas especulativas das suposições...
Torna-se imperativo, portanto,
não tanto aqueles fantásticos sonhos de tantos idealismos passageiros,
mas tão somente a inesquecível vivência das sensações emotivas das práxis realistas do cotidiano...
Senão, seria como existir meramente assim: plainando num aeroplano, muito além das nuvens,
voando num eterno universo de ilusões...
Seria pensar que “se “ tivesse feito isto ou aquilo,
tudo poderia ser diferente do que é, “se” não fosse uma guinada ou outra nas (dês-) esperanças dos corações, distorcendo os planos traçados,
deixando toda a trajetória do destino às forças dos acasos... “Se” não fosse isto tudo ou aquilo, como “se” todo o futuro pudesse ser diferente, sempre num (re) lance sonhador, como os contos de fadas da “branca de neve ou daquele príncipe encantado” mais promissor...!Como “se” não fosse a estrada de tantas curvas nebulosas, pelos caminhos (in) dizíveis e (in)esperados da correria existencial,
já existindo de antemão um belo paraíso ideal e nenhuma tragédia estaria à espreita dos mais (dês-) aventurados transeuntes do mundo,
diante da crua e nua realidade mais sentida pelo corpo e n’alma de cada um de nós...
“Se” não fosse uma coisa ou outra, tão própria da natureza animal, dos acontecimentos surpreendentemente enigmáticos,
na eterna busca de respostas
emaranhadas de entraves paradoxais por todos os lados...
Quão sábio é o caleidoscópio mágico do espírito humano, , perspectivamente tão inquieto e enriquecedor, mesmo diante da mais profunda angústia existencial, sempre resplandecendo a atração inebriante dum novo portal!
Apesar e penar pela (a) feição de ter feito isto ou aquilo, nem mesmo o pensar mais lúcido e lógico,
livraria da culpa os pobres mortais! ?
Mas, quem é réu por ser simplesmente do jeito que é?
Imaginando-se que tudo mais pudesse ser diferente “se” não fosse uma escolha ou outra, ou como se houvesse um livre arbítrio independente, idealizado de outrora, relativamente adequado ao vigente comportamento moral ,
Como “se quase” houvesse uma fortuna, na próxima aurora, acordando de braços abertos os fantásticos e (im) previsíveis vivências vindouras, que aquecem nos céus e nos infernos , a grandeza do próprio espírito criador, outorgando-lhe o incomensurável espaço de valor pra própria criatura, repleta de alegria e dor!!!!!
Gau

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