Vai seiva secando
das selvas que ando
lanhando e lenhando
das caças em bandos
vou em debandando
as unhas e os voos
nos amplos dos campos
o peixe vai pondo
desovas no chão
dos côncavos quando
as águas bebendo
eu vou destes rios
e no mar urinando
ah tempo a sugar
o suco do sangue
que vem sua lama
secando nas almas
vai lua velando
com sua mortalha
um sol que me lanha
com suas navalhas.
Libério
Neves
#PVpoetas2020
fonte : Romélio Rômulo
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