quarta-feira, 1 de maio de 2013

Rasante


Preciso aprender a
negar a mim mesmo
honrar o siso
olhar a Morte
com mais coragem
Todos agem
por impulso
menos eu
pro meu azar.
E se eu falar
que ontem quase
me joguei
do topo da minha
própria estrela
representante?
Em rasante
olharia
tua janela
e talvez
caísse bem
no teu telhado
desesperado
e catando
minha alma
com os dedos
sem unha.
Mas eu supunha
que meu tórax
nem de longe
racharia
e eu ainda ria
da minha sorte.
Que sorte?
Que risada
já foi minha?

Matheus Quinan

Um comentário:

Anônimo disse...

O primeiro passo para uma produção independente deve ser reconhecer a hipnose provocada por aquilo que lemos. De tanta leitura, já conhecemos o final e as motivações psicológicas ou psiquiátricas que levaram a conceber a obra de arte. O momento anterior ao clímax e o momento posterior de extase espiritual sombrio ou luminoso. Bons poemas esta manhã. Cheios de significados catárticos.