No século dezenove, em Curitiba, num lugar onde hoje é o
bairro Jardim das Américas, existia uma "curandeira" chamada
Neusinha, uma sensitiva que fazia rituais com espíritos. O problema é que ela
tinha um filho chamado Oscar, um bêbado de chapéu de palha, que ás vezes
atrapalhava o seu trabalho. Toda a vez que sua mãe dava bronca nele, o ébrio
dizia:
- Esta casa, um dia, ficará cheia de bêbados!
Uma vez, Oscar foi atropelado por uma carroça, em frente a
sua casa, e morreu.
Alguns anos depois, por motivo de perseguição religiosa, a
"curandeira" se mudou para o interior de São Paulo.
Então, o terreno foi comprado por outra pessoa, que
construiu outra casa.
O tempo passou e em 2009, o dono da residência alugou o imóvel para uma república de estudantes.
Então, no começo, alguns destes alunos passaram a ver vultos e sentir que
alguns objetos se mexiam. Mesmo assim, eles resolveram fazer festas de arromba,
aos finais de semana, nesta residência. Mas, sempre no final da balada, algumas
pessoas afirmavam ver um rapaz com chapéu de palha dançar na pista sem parar e
desaparecer, misteriosamente, no mesmo lugar.
O problema é que os vizinhos se sentiram incomodados com a
bagunça e pediram ao proprietário para que expulsassem os estudantes do local.
Em 2011, o contrato não foi renovado e os locatários saíram.
A questão é que a partir deste fato, a casa foi abandonada, o mato cresceu e o
mistério sobre aquela residência aumentou. Pois, alguns vizinhos afirmaram que
viam, de madrugada, um homem com chapéu de palha. Mas, quando se aproximavam, a
imagem sumia. O boato sobre o fenômeno foi tanto, que a fofoca se espalhou
entre as crianças da região.
Assim, em 2012, um grupo de meninas entraram às escondidas
naquela casa e fizeram a brincadeira do copo. A primeira palavra que se formou
foi : CERVEJA.
Naquele instante um cheiro desta bebida tomou conta do
local, as garotas ficaram com medo e saíram correndo.
Luciana do Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário