Poesia sobre a criação da Freguesia de Ponta Grossa.
Mas para conseguir autonomia
afim de resolver qualquer pendência
aqui mesmo, no bairro, havia urgência
que se tomasse ao menos Freguesia.
E assim pensando aqueles fazendeiros
reuniram seus esforços nessa luta
que iria amenizar sua labuta
e dar tranquilidade a seus herdeiros...
E, finalmente, em auspicioso dia
de um quinze de setembro, caro evento,
foi assinado o régio documento
da criação da nossa freguesia.
E alegre comitiva então formada
recebeu o Alvará, em mãos trazido,
e comprovava que foi conseguido
o mais difícil passo da jornada.
E para festejar condignamente
essa notícia tão alvissareira
pensou-se em construir, incontinente,
a nova Igreja em honra à Padroeira.
E o conhecido e hoje lendário fato
aconteceu; por não haver consenso
para determinar desse pretenso
monumento o lugar perfeito e exato.
Foi então resolvido que caberia
a dois pombinhos resolver o impasse
e onde pousasse se considerasse
o lugar que em que o Templo se ergueria.
Surpresos com a festa matutina
alçaram voo, céleres no espaço,
para pousar, mostrando já cansaço,
em frondosa figueira, na colina.
Mas, mesmo embora rica e progressista
a freguesia continuou sujeita
três décadas ainda, insatisfeita,
antes do evento da final conquista.
Foi num sete de abril de alegre dia
assinada por fim Lei que criava
a nossa Vila, a etapa que faltava
para atingir a almejada autonomia...
A luta, sem descanso, prosseguia
e num evento histórico e feliz
foi instalada a Câmara de Edis,
o poder que nos dava autonomia.
Edmundo Schwab