terça-feira, 30 de dezembro de 2014

DUAS CANÇÕES DO MARINHEIRO


I. Entre as estrelas
de além-céu
e a centelha
de aquém-mar
esplende a vida
prisioneira.
Morte à vista
– grita o velho marinheiro.
Uma vida toda inteira
é muito pouco
para navegar-me.
II. Se ainda há mares a navegar,
terras a descobrir,
males a debelar,
não sei, não sei.
Sei apenas que faz água
e é tarde para voltar.

Otto Leopoldo Winck

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