Não sabemos do flóreo lampadário
pendurado na abóboda alta e ignota.
Mas ao sonhar o esplêndido sacrário,
uma luz clara da agra abside brota,
arde e assusta. Ou da nave à sacristia,
não haveria as garras dessa grade
a guardar as ruínas da arcaria,
nem mesmo o suave enlevo que te evade.
Senão seria um muro de tijolos
que tombara ao primeiro pé de vento,
servindo a bêbados, mendigos, tolos...
ou tão só um admirável monumento
intérmino – e não mística jazida.
É preciso mudares tua vida.
Wagner Schadeck
(Curitiba) é poeta, ensaísta, tradutor e
proprietário da editora Anticítera. Colabora para os periódicos Revista
Brasileira (ABL), Jornal Rascunho, Jornal Cândido, Revista Amálgama e outros.
Fan page da Anticítera: https://www.facebook.com/editoraanticitera/.
Curitiba, 25-05-17
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