Falo,
minha arte
comunica
Não quero
preencher teus olhos
com místicas
magas
mitológicas
sereias
belas fadas
Nem quero
formular ritos
de um mosto
mortal
Dito o escrito
em lama de
vulcão
magma sonoro
terra candente
tal o
turbilhão de águas primordiais
que anteviu a
geração de tudo pela palavra
Venho romper
teus tímpanos
vazar teu solo
encontrar o
irrequieto centro
de teu desejo
convocar-te à
paz nenhuma
Esta lábia
pronuncitada
baboseiras não
baba
Pousa bálsamo
versado
de um doce
nardo
É verbo retado
transgressor
de meus acomodados:
– ah! isso não
tem jeito,
é sempre assim
mesmo!
Eis meu dote
que dôo com
graça
Sou nomeado
favo monteiro
rico protetor
e guerreiro
noviluminário
do oeste
E antes que
torne a mim:
– Aleijado,
até aqui, não rasteje!
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