Curitiba é uma província.
Diminuta, tacanha, ensimesmada.
Mas não na literatura: na
literatura Curitiba é um gigante.
Já houve tempo que a literatura
em Curitiba se reduzia a alguns pálidos satélites em torno de um ou outro
luminar: Emiliano, Newton Sampaio, Dalton, Leminski...
Esse tempo acabou: hoje Curitiba
é uma galáxia, uma nebulosa, uma constelação onde luzem aqui e ali dezenas de
asteroides de primeira grandeza.
Ainda há uma certa autofagia, uma
excessiva timidez, um medo de se apresentar e dizer "oi, tô aí", mas,
fora isso, onde outra cidade com tantos poetas, prosadores, ensaístas e
tradutores de responsa?
É esta Curitiba que eu viajo.
Não a do Moro, do Grega e da
bancada do camburão.
Otto Leopoldo Winck (10 de março
de 2018)
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