segunda-feira, 2 de junho de 2008

Se eu pusesse em uma única palavra
A dor que em minha alma aflora
Esta de imediato deixaria de ser palavra
Pois perderia o sentido na mesma hora

Por isso as palavras fogem à boca
Escapam do meu raciocínio
Quando a dor no intimo me ataca
E se alastra num furor assassino

E eu corro, quase louca, atrás delas
Felina faminta cercando a caça,
Desfaleço de fome sem saciar-me nela

Por esse fracasso desconheço a ventura
E crio intimidade com a desgraça
Da dor que em mim perdura

Iriene Borges



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