segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O Vazio do Som nos Cala a Voz

Emudecemos em silêncio bruto
Apática mudez / palidez estática
Ausência percebida, doída, ferida
Tristeza calada entre estrelas cadentes
Acalmamos os gritos, evitamos os berros / os ecos já não ecoam por esse lugar
Aprisionando palavras amarramos línguas / sufocando angústias em nossos lençóis

Estamos tão sós...

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O sol renasce e não brilha para o meu amor, não brilhou
Luz se escondeu em úmido jardim, e fez-se assim um jardim sem cor
Amarelou este roseiral, sem qualquer razão amarelou
Ausência do teu sabor, a amargura em meus lábios secos

Os meus tormentos, os medos
Da solidão nas estradas
Das luas, das madrugadas
Envoltas em tédio e dor

No tato cego da tua voz emudecida, enlouqueci
Em meus sentidos te senti , em sentimentos vivi
Esqueci-me de mim, embranqueci corpo, alma e coração
Abandonei a razão tocando teu peito amiúde, dilacerando a emoção...

Polak

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