terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quanto Você Custa ?

Quanto você custa?

Essa pergunta nos pega de surpresa, ou não?

Você já parou para pensar em quanto você custa? Hummm, não? Pois é. Alguns gurus da auto-ajuda diriam que o não-saber, não é um problema, pois saber o seu preço depende se você é (ou não) um ser com auto-estima. Se você estiver com sua auto-estima "lá em cima" poderá dizer que o lance mínimo para sua vida é um milhão, dois, ou até três. Isso tudo sem precisar passar pelo próximo BBB. Caso contrário você pode dizer que o custo é de um conto de réis. Que nem existe mais, assim como, também, o seu acreditar em si mesmo.

Mas você pode ler até aqui e achar isso tudo uma grande bobagem. Ou seja, por que definir um valor para mim, se eu nunca me vendo? Ou nunca me venderia?

Bobagem é não perceber que num mundo tão atribulado, mal prestamos atenção em nós mesmos. Bobagem é achar que somos donos da nossa vida, quando quem coloca valor em nós é o trabalho explorador, a mídia gananciosa, a moral social castradora e pior, nossos próprios sentimentos de inferioridade, de descrédito, desmotivação e de vazio interior.

Então... quanto valemos?

Tudo depende do quanto você acredita que valha o ser humano. Quanto custa seu amigo? Quanto custa às pessoas da sua família? Quanto custam as pessoas que sofrem à mercê da desigualdade social e do nosso descaso? Quanto vale todas essas pessoas?

Para nós humanistas o SER HUMANO NÃO TEM PREÇO! Não há cartão de crédito que pague. Não há dinheiro que se compare, não há relação e nem câmbio comercial para as nossas relações.

Por acreditarmos nisso, nos colocamos como protagonistas de uma nova história. De um novo modelo de vida pessoal e social, que é muito simples, que se baseia no tratar o outro como eu gostaria de ser tratado.

Se eu quero ser tratado com respeito, dignidade e com amabilidade, devo tratar o outro dessa forma. Mas nossa atitude não acaba aí. Aliás, esse é o começo. É o começo de um desejo por um mundo melhor, um mundo de iguais oportunidades, um mundo onde nós, e o próximo, sejamos respeitados como PESSOAS e não coisas.

Estamos nesse processo de construção. Dando a cada dia um passo a mais. E você? Vai ficar parado? Bem, se for assim, você pode inverter a pergunta, e ao invés de dizer o seu valor, pode perguntar: "quer pagar quanto?"...

Ainda podemos definir o que queremos para nós.

Se queremos um mundo melhor, mais justo e digno, ou se preferimos nos entreter com algo superficial. Temos o poder de escolher a vida que queremos viver.

Mas lembre-se: "Não é indiferente o que faças com a tua vida".

Paula Batista.

(Publicada origináriamente no extinto site "Opinião e Informação " )

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