Há muito sofrimento neste mundo.
O poeta escala o fundo da alvorada
e dela vai a um despertar profundo
de outra vida que é sua dor calada.
O poeta vai aos campos de batalha
armado com o instinto de uma flor,
e na frente de luta o poeta espalha
seus cânticos de guerra com amor.
O poeta vai aos campos de centeio
e tira o joio enquanto colhe o trigo
que doa como pão partido ao meio
para a missa de paz com o inimigo.
Todo poeta é um louco concebível,
é um mago e sua quântica loucura
em que o eterno pode ser possível
na dimensão possível da ternura...
Afonso Estebanez
http://www.afonsoestebanez.blogspot.com/
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