Quando meu coração doer
Comendo-te os dedos
E os flancos
E os risos
E o ácido desejo
De devorar- me em segredo
Assim quando meu coração
Doer e doer desde
Teus lindos lábios e medos
Esparramando-se na vertigem
Do amanhã e de um pôr – de - sol
Negado
Quando meu coração
Para sempre
Estiver irrigado
De asfixia e fuligens
De saudade
E souber que o amor
Nada
Ainda que digam tudo:
Invade.
O amor é só a nota
Buscando o dó
da voz afinada.
Julio Urrutiaga Almada
in De Olho:Embriagado
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