quarta-feira, 11 de junho de 2014

● depois duma longa e profunda peregrinação ●
● incitados da insaciavel cobiça de gozo e aventura ●
● quase perdidos em muitos anos por esse deserto ●
● chegamos ha uma montanha tão elevada ●
● q parecia assim como um paraiso de luz e pedra ●
● um trono ao vento e a essas mesmas estrelas ●
● ninguem daqueles reflexos podia afastar os olhos ●
● principalmente porq começamos crendo em tudo ●
● e terminamos sabendo de tudo a crua razão ●
● das aguas e na tranquilidade do tempo sonhamos ●
● e dizemos roucos "as minas são inatingiveis" ●
● ou com alegria "as minas são insaciaveis" ●
● começamos reis e findamos ratos assim ●
● roendo migalhas de pão com uma lingua dura ●
● uma lingua infeliz uma lingua so dos outros ●
● tres dias caminhamos rio abaixo e nas margens ●
● topamos com uma cachoeira de tanto estrondo ●
● pela força das aguas e resistencia q nos calamos ●
● da parte do oriente desta agua tão quebrada ●
● achamos varias cavernas e medonhas covas ●
● sem esse medo q hoje e agora nos acompanha ●
● fizemos a experiencia das suas profundidades ●
● com muitas cordas imensas e muito fortes ●
● mas nunca pudemos topar com o centro ●
● achamos tambem algumas pedras e terras raras ●
● matamos e morremos como baratas e pulgas ●
● pelos ideais da coroa da cruz e das boas casas ●
● nada de nada ao final foi nossa vida e honra ●
● agora essas cidades abandonadas e a miseria ●
● começamos reis e findamos ratos assim ●
● não vale mais a coisa viva a coisa esperta e viva ●
● a finura de tudo q luta respira e refaz a coisa vida ●
● o vivido nem o q se ha de se viver porq so ha morte ●
● essa morte essa morte toda com asas abertas ●
● isso q sussurra como se gritasse "começam reis ●
● findam todos ratos assim roendo uns aos outros" ●

*alberto lins  caldas

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