domingo, 19 de julho de 2015

Nunca fui senão um domador
de fábulas. E o que arrisca seus
ritos no penhasco. Nunca serei
menos que um grito e um rastro
de asas no azul. Os ventos que
assaltam noites e trilhas secretas,
sabem que os sei com a flor da
pele. Sou o que está sujo do arado
e da terra bruta onde o sol põe
seus óvulos. A terra em que os
sonhos brotam com sangue.

José Salgado Maranhão

(Do livro Avessos Avulsos)

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