domingo, 8 de maio de 2016

Perdoem-me meus filhos.
Mas é chegada a hora
E preciso confessar-vos
Sou vossa mãe e nunca tive medo de sê-la.
Porém, há medos que nos assolam e amedrontam nossas almas.
Amei-vos em demasia como todas as mães. E amar provoca medos. E estes sim nos fazem parecer loucas. Assumo, tomei muitas atitudes por medo.
Tomei? Ainda... talvez...
Digo-vos que a idade parece trazer-me juízo.
E juízo não é garantia de não errar.
Penso, às vezes, que sei o que é melhor para vós.
Vejam só que pretensão!
Sempre houve, e sempre haverá, respostas que não encontrarei.
Não me atrai o vulgar, muito menos para vós.
É... a idade nos prega peças. O que é bom é que não nos deixa no automático.
E assim poderemos fugir do estúpido senso comum
Creio que o simples seja a chave para a felicidade possível.
E para finalizar... o pior de tudo: Amo-vos, do jeitinho que sois.
Só por serem quem sois. E ponto final.
Mãe, eis aí os vossos filhos.
Filhos eis aí as vossas mães.

Deisi Perin

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