Cada passo
uma caminhada encarcerada num sujeito sem rosto que procurava uma face no
espelho do outro e aos tropeços só conseguia sentir o sabor da dor e do
sangue."Como encontrar no outro o reflexo de quem sou ? " É melhor
para de arrastar o peso da incerteza e da busca da palavra -ponte na boca de
outras cores ou a tradução das fibras nos intestinos de quem não queremos ver.
Nossos fantasmas se agigantam nas sombras do que ignoramos, o outro veste-se de
espinhos e chagas.Cavalgamos nosso ódio em direção a essa figura que invade a
janela de nossos lares ameaçando invadir.
O que é a
alteridade além do mugido dos fracos a rasgar as fronteiras de nossas
consciências míticas .Segregar , compartimentar assim como congregar no odiar é
tão mais empoderador como ser uma partícula de tsunami numa torcida de futebol
( ou num templo ), onda humana avassaladora .Incandescentes flechas de ódio
projetando-se pelo poder do anonimato, manada de bestas feras se lançando ao abismo.Parideiras de frutos tumorosos que urgem sangrar nos amanheceres sombrios.
Cuidado com
o fascismo ele mora em todos nós aguardando devorar nosso idealizado altruísmo,
generosidade e igualitarismo. Muitos acreditam ainda serem cristãos , mas amam
odiar o próximo e usam a bíblia como se fosse o Mein Kampf.
Wilson
Roberto Nogueira
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