Antes de amar-te, amor, nada era meu
Tudo era vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Me consumia num mar afoito de solidão
Como a um barco numa tormenta de verão
As manhãs pareciam cinzas, sem flores
Como que se privasse minha vida de seus belos odores
E a noite carecia de estrelas, de sua imensidão
E o firmamento aludia a agonia que invadia meu coração
Tudo era perene, tudo era pequeno
Parecia loucura!
Minha sanidade se transformou em alienação
Oh! Minha amada, ondes estás que não me aparece
Deixas-me aqui a agonizar em minhas entranhas
Deixas-me aqui a vadiar em corpos inertes
Até que um dia, amor, te encontrei
E tua beleza e tua pobreza...
De dádivas encheram o outono
E nunca mais pude deixar ...
De na eternidade de teus olhos me perder
De em teu sorriso malicioso me embriagar
De em teu corpo solene me saciar
Apenas nós dois...
Pela eternidade a nos amar
E nada mais parecia importar
Apenas que nunca, nunca, meu amor!
Saísse de seu lugar...
Que é aqui no meu peito a te acarinhar
E minha loucura foi inundada de paixão
Agora tudo era cheio e vivo
Não queria outra coisa em minha vida, não!
Rafael Morales. São Paulo - SPrafaelmorales@ig.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário