Quero dizer coisas mórbidas!
Meu corpo está no chão
Eu o trouxe abatido
Arrastando no asfalto
Exposto aos olhos curiosos
E impassíveis dos passantes
E eu também passava
Em vagarosa indiferença,
Consciente da conveniência
Que lhes traria o esquecimento.
Quando cheguei em casa
Me pareceu não ter utilidade
Então em meus experimentos
Deixei para ser pisado
Como de costume,
No chão, para ser surrado
Pelos meus passos ásperos.
Iriene Borges
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