Como posso, de bom grado
Trocar o encanto da floresta
Por este aborrecido fado
O suor diário na testa?
Vejo, presos a grilhões
Uns obreiros tristonhos
Sempre ansiando milhões
A despeito de seus sonhos
Não fruirá seu obrar árido
Da graça de ser sereno
Da doçura de um amor cálido
E do valor de um viver pleno
Assim, não troco a vida inteira
Pela ilusão de futuro estável
Ou a sombra da videira
Por um túmulo confortável
Juliana Correa
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