sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

RÉQUIEM

E meu poema tornou-se sangue

Tornou-se vinho, fel, paixão...

Foi água presa, aurora e mangue,

Mas não nasceu da inspiração.

.

E o meu poema teve as dores

De um texto pobre declamado,

Teve desilusões e teve amores,

Porém não fora inspirado.

.

E o meu poema teve alegrias,

Foi tão pequeno e infinito

Com pretensões tolas, tardias,

E só morreu por ser escrito.

.

O.T.Velho

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