fantasia para areia, quebra-mar e horizonte
é da natureza dos cristais o singelo
o laço de seda na pele nos jasmins
o eflúvio das horas nos lagartos
a desobediência civil nas árvores
a incontinência em arroios e regatos
a beligerância nos mares e oceanos
o pálido nos meninos esquecidos
o infortúnio nas cercas de estrada
o amor é da natureza das nuvens
como o ócio é da natureza da pedra
não é natureza a poesia nem o poeta
nem o canto,
nem o verso,
nem a rima
nem a (maldita) palavra
Assis Freitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário