sábado, 20 de outubro de 2012

Para os meus poetas de comunhão!




fantasia para areia, quebra-mar e horizonte

é da natureza dos cristais o singelo
o laço de seda na pele nos jasmins
o eflúvio das horas nos lagartos
a desobediência civil nas árvores

a incontinência em arroios e regatos
a beligerância nos mares e oceanos
o pálido nos meninos esquecidos
o infortúnio nas cercas de estrada

o amor é da natureza das nuvens
como o ócio é da natureza da pedra
não é natureza a poesia nem o poeta
nem o canto,
nem o verso,
nem a rima
nem a (maldita) palavra

Assis Freitas

Nenhum comentário: