Partamos do pressuposto
de que as plumas que caem
sobre o tablado
(lâminas luminosas
de silêncio concentrado)
são os fragmentos impossíveis
de uma metáfora irrecusável.
Partamos do pressuposto
de que um novo gesto lépido e enigmático
(costura musical
invisível no espaço)
logrará remendá-la,
propondo de novo o pássaro,
posto que agora empalhado.
Partamos do pressuposto.
("Criptógrafo Amador -
Curitiba: Medusa, 2006)
Marcelo Sandmann
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