domingo, 22 de fevereiro de 2015

Marina Tadeu



Mais um dia ganho. Dei hoje com a palavra palonço.
Queridos vóis únicos juntos com piada
xerôdios, desmiolados,
palonços, burgessos, saloios
e deseducados grossos extraviados
do clube subtil & alturas ao tom ingénuo
pretensioso pedinte pedante piroso
de linhagem a pedir endireita
e um grama de coragem que se gramem
queridos úncios com piada em Portugal
que tratam o escuro por tu & Deus minúsculo
trovejando baixezas senhorias
até por causa da reverbe
fedendo vossas bocas desnaturadas
a peixes por torpedeiro fendidos
queridos mastronços a meio mastro
de neurose a render pouco quero saber
que velhinha cria osso em vossas carnes inchadas
de gratuita petulância em delírio normal
como a loicura
mas muito concentradinhos no vinagre
quando se trata de farfalhar
contra quem cala e vive
essa coisa do círculo
fino até que grosso enfarta
anda muito à volta
reboleira ao chispe
mas não atonta
aliás já nem se nota

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