domingo, 1 de fevereiro de 2015

mensagem de despedida ou boa nova

conheci uma garota que não é da cidade e muda de cor e produz minúsculas chamas saídas pelos poros quando faz amor. ela me disse que todas as mulheres lá de onde ela vem são assim. já encarei como algo problemático em mim isso de ter uma índole científico investigativa. digo, de querer mesmo tirar a prova dos nove de tudo que existe (e até do que não). nesse caso é diferente, porque até que estou curtindo a idéia bem mais do que sempre curti as minhas, digamos, obrigações de cientista. veja bem, precisarei ir a fundo pra confirmar se isso é um fenômeno isolado ou algo da biologia daquela região do país, tão distante daqui. infelizmente, durante o tempo da pesquisa ficarei incomunicável. quero dizer, não poderei sequer enviar notícias, abrir e-mails, facebook, tuiter, nada. peço desde já que os familiares e amigos não se preocupem e sejam fortes. sei que a saudade vai apertar, mas também, diz a verdade aí, minha ausência não será nenhum fim de mundo e, tampouco, definitiva, espero (tô brincando). perdoem a pressa, mas, bem, até a volta. desejem-me boa sorte. se bem que, acredito, não vou precisar. é, não me desejem nada. ter conhecido uma garota como essa já faz de mim, parece-me, um afortunado. então é isso. obrigado por tudo (mesmo). fiquem bem. e até um dia.
ps. por gentileza, tentem manter os invejosos desinformados da boa nova


Luiz Felipe Leprevost

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