sexta-feira, 10 de julho de 2009

TRINTA E QUATRO

Hoje estou naqueles dias
em que a palavra não tem tradução,
dias em que os versos são pendurados
no fio da esperança
a esperar a poetisa fingidora.

Estou naqueles dias
em que tudo é falso
salvo a verdade dos que me criticam
dos que me guardam na memória
e me engolem no dia-a-dia.

Estou naqueles dias
em que a mãe sangra
como sangrou o Filho na cruz,
pelo Pai a mulher me deu a luz
e eu morro pelo bem
dos meus pecados.

Hoje estou naqueles dias
em que a poetisa confortada em sua dor
chora o poema derramado
chora a palavra traduzida - amor.

Sérgio Edvaldo Alves

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