O sol ensaiava seus raios. Mas como de costume, no inverno
ele ficava se enrolando, demorava. Ela já tinha acordado fazia horas. Tinha
colocado brincos de princesa nas orelhas e penteava seus cabelos no riacho.
Estava mais frio. Tinha sobre os ombros um casaco e no pescoço um cachecol. Era
um assunto delicado que estava perseguindo-a desde ontem - ontem. A carpintaria
das
palavras. Mas que assunto bobo para uma mulher, pensou.
Carpintaria não é coisa para homem? Deixa-meeu ver... correu até o dicionário.
Hummm... Carpinteiro aquele que trabalha com madeira. Mas, ué a gente não diz
“é o jeito da madeira?” Bom, então somos carpinteiros. E se pôs a fazer portas,
janelas e casas num revirar de madeira sem fim. Oh coisa boa essas de construir
o futuro!
De Mara Paulina Arruda.
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