quinta-feira, 4 de outubro de 2012



lingua gente e corpos doentes
esses mesmos os de sempre
me empurraram pro navio
isso faz mais de vinte anos

sem olhar pra tras ou pra frente
sem querer nada apenas fugir
sem precisar chegar ou partir
apenas algo entre os dentes

alem e depois do tempo
me escondendo ali por dentro
comendo lixo com os ratos
vivendo o medo pelas brechas

degustando a loucura de todos
a fome dos famintos e a dor
de todos e de todos o suor
esse q jorra sempre pra outro

descobriram e me jogaram
nas ondas gordas desse mar
sem uma balsa sem nada
apenas as ondas e a saliva

ate essa terra isso desolado
q de tão triste sempre me escapa
e o pior o pior de tudo ja e agora
é q não ha mais sonho ou coragem

 Alberto Lins Caldas

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