domingo, 1 de junho de 2014

Na aba da noite dormem
os grilos e a saudade brota
movimentos lentos da manhã
em vultos que vêm e somem
no universo de uma frota
que carrega esta filosofia vã.
Dois meses de duzentos dias
cada farfalham frutos ausentes
no olhar que já vê o agito
cascos à luz de pedras frias
contrapontando quentes
abraços contidos de infinito.
Dedicada e ausente clareza
no lusco-fusco que verso
saudoso de laços em aperto
entre cultura e natureza
que a bem de ser diverso
perfaz-se solo em concerto.

Roberto Bittencourt

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