sábado, 20 de agosto de 2016

BOCA DA NOITE


Quando sua boca
Se me cola à boca
É qual flor da noite
Que em mim se colasse
E a língua é pistilo.

Então me transporto
Pra onde tudo aquilo
Que é sonho me desce.
A vontade lassa.
Que ela não se fosse!

Quando ela me laça
É qual se uma aranha
De amor me picasse
E eu me entorpecesse
De um veneno doce.

Germano Quaresma.

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